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Seu plantio da soja foi ruim? Ganhe na colheita.

Seu plantio da soja não deu certo? Não se desespere, ainda dá tempo de recuperar na colheita!

“Não choveu o quanto esperávamos.” “O sol foi muito forte.” São problemas comuns que podem influenciar o seu plantio, mas não se desespere, porque temos ainda outras etapas para recuperar estas perdas.

Cada etapa, de qualquer que seja a cultura, é importante, desde o trato solo, passando pelo plantio e trato, até chegar a colheita. Mas, especificamente na soja, muitas vezes nossa atenção, ou mesmo o entendimento, fica focada apenas na etapa de plantio, o que pode nos impedir de ver outras formas de melhorar a produção, ou mesmo salvá-la. Este artigo trata exatamente sobre a importância da colheita. 

O início do plantio da safra de soja de 2020/2021 foi um tanto turbulento, variações climáticas com secas e volume inadequado de chuva atrasou, em diversos locais, a janela de plantio desta safra. Alguns lugares, como mais ao sul, as secas impediram o plantio. Outros lugares, onde foi possível plantar, sofreram com chuvas fortes na sequência*. 

(*Fontes: Agrymet – Paulo Sentelhas – CTO Agrymet – min. 4 a 10: chuva de granizo – projeto soja).

Então, como mitigar os efeitos negativos da operação que teve contratempos?

Já com o atraso do plantio e de olho em não prejudicar o calendário de entrada da safrinha, como podemos garantir boa produtividade? Resultados milagrosos não existem, mas você pode fazer sua parte e tomar cuidado na colheita com os 3 pontos a seguir:

  1. Colheita na hora certa e atenção às perdas de campo
  2. Mecanização da colheita e cuidados com a colheitadeira
  3. Qualidade da operação e atenção com a velocidade de colheita

O monitoramento de máquinas e a gestão das operações em tempo real são essenciais para manter sempre a eficiência e a qualidade da colheita e assim evitar perdas durante a etapa final da sua lavoura.

Abaixo detalhamos cada um dos ponto levantados:

1. Colheita na hora certa e atenção as perdas de campo

Colheita na hora certa

É importante o planejamento da colheita respeitando a idade fisiológica adequada da planta e observar o nível de umidade adequada entre 13% e 15% para evitar os danos mecânicos no grão durante a colheita (EMBRAPA, 2013 – em Determinação de perdas na colheita de soja: copo medidor da Embrapa). Mesmo a escolha da melhor hora de entrada no campo para a colheita pode ajudar no aumento da quantidade colhida. 

Por exemplo, estudo realizado por Holtz e Reis, 2013 (revista ceres, 2013) em uma fazenda no estado de Goainápolis – GO, comparou diferentes horários de colheita e suas perdas na plataforma de corte. No estudo foi observado que as perdas na plataforma de corte da colhedora no período da manhã (9h às 10h) foram menores do que as do período de colheita da tarde (14h às 15h). O fato foi justificado porque na parte da manhã, a umidade das plantas é maior e isso influencia a abertura das vagens, o que colabora para uma menor perda na plataforma de corte. Assim, planejar o momento certo de colher e identificar a umidade adequada são fatores que colaboram para uma alta produtividade.

Atenção às perdas de campo

No momento da janela de colheita, as perdas podem parecem despercebidas, porém medindo corretamente os grãos deixados em campo e adequando operações de trabalho, é possível mitigá-las.

Para calcular a soja que é perdida após a passagem da colhedora, pode-se seguir a metodologia da Embrapa, que é bem difundida e possibilita calcular e quantificar esta perda em sacas por hectare

Seguindo a amostragem e com o uso do Copo Medidor da Embrapa (figura abaixo), consegue-se saber de forma rápida, o quanto foi perdido em sacas de soja por hectare (EMBRAPA, 2018). Lembrando que a perda total aceitável é igual ou menor do que 1 saco de 60kg por hectare (1 sc/ha).(Embrapa, 2013 – Determinação de perdas na colheita de soja: copo medidor da Embrapa- 2013)

Copo medidor da Embrapa

Se não for utilizado o Copo Medidor da Embrapa para quantificar as perdas, também é possível com a metodologia de coleta em campo, a pesagem dos grãos e após uma sequência de contas, obter o número exato de quantas sacas ficaram na lavoura sem serem colhidas.

 Segue abaixo, um exemplo fornecido na cartilha da Aprosoja mostrando os cálculos utilizados e a sequência necessária de transformação de unidades, para encontrar a perda de grãos de soja em kg/ha (figura abaixo).

Aprosoja: Cartilha de colheita (pág 21)

A qualidade da colheita pode ser afetada tanto por condições ambientes, escolha da variedade e manejo, como também por fatores como maquinários ajustados corretamente e a qualidade da operação. A seguir, comentamos sobre dois fatores importantes para se obter uma colheita de qualidade: 

  1. Colhedora
  2. Qualidade da operação – velocidade da máquina. 

2. Mecanização da colheita e cuidados com a colheitadeira

Grande parte das perdas podem ser causadas devido a colhedora e a falta de regulagem durante a operação. Mas com sua regulagem correta, é possível evitar perdas, principalmente no sistema de corte e alimentação, que é apontado como o conjunto responsável por 80% da perda total de grãos. (Aprosoja: Boletim Técnico Soja e Milho – Perdas na colheita de soja)

Página 6 - Aprosoja_cartilha de colheita 2019

Para evitar essas perdas totais de grãos em torno de 80% na plataforma de corte e alimentação é preciso estar atento na manutenção adequada antes e durante a safra. As regulagens da colhedora incluem diversos itens e etapas e devem seguir as especificações técnicas de montagem e calibração para a longevidade do maquinário. 

Algumas atividades na hora da manutenção da colhedora incluem a reposição de peças gastas, montagem adequada, calibração de ângulos e ajuste de folgas entre componentes, com o objetivo de garantir um alto rendimento da colheita. Também é importante estar atento na confiabilidade das peças que serão substituídas e em sua qualidade, pois peças de má qualidade geram perdas produtivas na colheita. (Revista Maquinas 72 by Grupo Cultivar)

Mas não basta apenas a manutenção pré-safra, o dia a dia no campo também requer ajustes como por exemplo a adequação da altura da plataforma de corte de acordo com o terreno e altura das plantas, além das limpezas diárias antes de iniciar as atividades e quantas vezes forem necessárias durante o trabalho da colhedora, para assim garantir qualidade da operação (PINHEIRO, 2008). 

Ajustes realizados e manutenção feita, outro item a ser observado no rendimento da operadora é a qualidade do serviço de quem está operando. Para ajudar a cada vez mais na qualificação do operador, diversos cursos são promovidos nacionalmente pelo SENAR que busca ampliar a capacitação técnica no meio rural, ajudando a formar profissionais que podem ter melhores condições de se colocarem no mercado de trabalho e a se adequarem às novas demandas do setor (Senar, 2020

Um operador qualificado impacta diretamente na prevenção de falhas na máquina e diminuição de perdas da colheita. Um estudo apontado por uma equipe técnica da EMBRAPA no estado do Paraná (Embrapa – Resultados do monitoramento integrado da colheita de soja na safra 2018/2019 no Paraná – Circular técnica 157) mostra um contraste entre a quantidade de operadores qualificados ou não. O estudo coletou dados de perdas da soja na safra 2018/2019 em 491 áreas espalhadas pelas macrorregiões do Paraná, com diversos itens que impactam na perda. Um item discutido no estudo, foi o nível de treinamento de operadores. Considerando as colhedoras próprias e as de serviços de terceiros, quando comparado o nível técnico (se o operador tem treinamento ou não), os resultados foram que aproximadamente 64% dos operadores não tem treinamento algum e somente cerca de  35% dos operadores possuem algum tipo de treinamento (gráfico a seguir).

Embrapa - Resultados do monitoramento integrado da colheita de soja na safra 2018/2019 no Paraná - Circular técnica 157

O estudo levanta a qualificação do operador como um ponto importante para se mitigar as perdas na operação da soja. O número de operadores que passam por algum tipo de treinamento pode aumentar à medida que os operadores se engajem em treinamentos oferecidos. É necessária também uma mobilização de esforços em promover tais capacitações para trazer resultados positivos que se refletem em aumento produtivo na cadeia da soja e do agronegócio.

Qualidade da operação (velocidade)

Após realizados todos os ajustes da colhedora, o próximo ponto que pode ser observado com relação a operação da colhedora é examinar a velocidade adequada de deslocamento. A velocidade de deslocamento indicada pela EMBRAPA para uma colheita de qualidade é de 4 a 6,5 km/h (manual disponível em Determinação de perdas na colheita de soja: copo medidor da Embrapa. ). 

Apesar da escolha da velocidade nem sempre seguir a recomendação devido a influências do nível tecnológico embarcado na colhedora, condições locais ou da variedade, estudos mostram que ao sair dessa faixa adequada pode-se aumentar suas perdas na colheita e consequentemente afetar sua rentabilidade. 

Os estudos de perdas na colheita geralmente apresentam ensaios da velocidade de deslocamento com a rotação do molinete ou da medição da velocidade com outros sistemas internos que compõe a colhedora.  Em um estudo, realizado com 4 diferentes velocidades (2,9 km/h, 5 km/h, 6,9 km/h e 9 km/h) comparados com 2 índices de molinete diferentes (1 e 1,2), a configuração experimental de colheita que resultou em menor perda foi a combinação da velocidade em 5 km/h e índice de molinete igual a 1, que apresentou perdas médias aproximadas de 44 kg/ha. Percebemos, então, que respeitando a velocidade em 5 km/h as perdas podem ficar adequadas ao nível de perda aceitável (igual ou abaixo de 60kg). (fonte: Perdas na colheita mecanizada da soja em função da velocidade de deslocamento e índice de molinete / Losses in mechanized harvesting of soybean as a function of the speed of displacement and index of reel | Bock | Brazilian Journal of Development)

Em um outro estudo realizado em uma fazenda localizada ao norte do estado do Mato Grosso, comparou-se diferentes velocidades de colheita (5,9 km/h, 6,8 km/h e 7,5 km/h) e duas rotações do molinete (500 rpm e 800 rpm). Embora não tenha sido discutido e comprovado o resultado estatístico da relação da perda da rotação do molinete com a velocidade, foi observada uma conclusão quanto aos resultados médios dos valores absolutos de perdas totais em kg/ha.

Foi concluído que a colheita na velocidade de 7,5 km/h não é indicada, pois a média do valor da perda total foi de aproximadamente de 74 kg/ha, o que é acima do aceitável da perda em colheita de 1 saca de 60 kg/ha. Pode-se concluir que velocidade acima da recomendada da faixa ideal de 4 a 6,5 km/h aumentam-se as perdas acima de 1 sc/ ha. (em  Influência da velocidade e rotação do molinete nas perdas na colheita de soja – Francielle Morelli Ferreira, 2017)

E por último, para ilustrar a quantidade que é perdida e pode ser recuperada com ajustes de operação, em um levantamento na macrorregião de Assis, em São Paulo, na safra 2017/2018,  foi feita uma pesquisa com produtores comercias de soja em aproximadamente 30.000 hectares de 18 municípios paulistas, em que foram levantados os principais fatores de interferência na colheita da soja e como isso poderia ser minimizado.

 Em um caso extremo, foi avaliada uma taxa de perda de 6,0 sacas/ha; após realizada a avaliação da operação de colheita, foi feita a adequação da velocidade de deslocamento, molinete e esteira de alimentação, sendo então essa taxa reduzida para 1,0 saca/ha. Como a propriedade possuía uma área de 1.000 hectares de lavoura, recuperou-se aproximadamente 5.000 sacas de soja para o produtor. Por isso a velocidade é um ponto de atenção em que é possível monitorar e que resulta na qualidade da colheita e rentabilidade ao produtor. (BENIGNO NETO, et al., 2018 – Monitoramento da colheita de soja realizado pela APDVP na Região do Vale do Paranapanema (SP) na safra 2017/2018).

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